Idosa de 119 anos ‘que come de tudo’ será estudada pela USP

Publicada em 

20 de março de 2024

às

10h26

Pesquisadores do Centro de Estudos do Genoma Humano e Células-tronco da Universidade de São Paulo (USP) estão empenhados em descobrir o que está por trás da longevidade. Por isso, querem conhecer melhor quem é a moradora de 119 anos de Itaperuna, no estado do Rio, seus hábitos alimentares, temperamento e histórico médico.

Dona Deolira Glicéria Pedro da Silva nasceu em 1905 em Porciúncula, também no noroeste do estado, mas há quase dois anos mora em Itaperuna. Ela completou 119 anos em 10 de março e é considerada uma das mulheres mais velhas do mundo.

De acordo com o Guinness Book, o livro que registra os recordes, a pessoa mais velha do mundo fez 117 anos no dia 4 de março e vive em uma casa de repouso na Catalunha, na Espanha. Mas a família de Deolira acredita que ela irá bater o recorde da espanhola, vivendo mais alguns bons anos.

“É difícil superar minha avó, viu? Ela era muito ativa em casa. Cuidava da casa, quintal, tratava dos porcos e das galinhas. Em relação à alimentação, ela só não come abacaxi porque tem alergia. Ela dá um banho na gente! Acho que a vó chega aos 130 anos e a gente vai embora”, disse a neta Doroteia Ferreira da Silva, que é uma das cuidadoras de dona Deolira.

Deolira é a única viva entre seus irmãos. Outros três já morreram. Ela também já perdeu três dos sete filhos que teve. Mas ela ainda tem 20 netos, 40 bisnetos e 37 tataranetos.

Médico diz que condições gerais de saúde são muito boas
De acordo com o médico geriatria, Juair de Abreu Pereira, que acompanha a idosa há dois anos, as condições de saúde de Deolira são muito boas.

“Ela está interativa e lúcida. Está muito bem na avaliação geriátrica ampla, porém, por conta da idade avançada, não caminha e apresenta um pouco de perda auditiva”.

O médico ainda explica que a idosa não faz uso de medicamentos para qualquer comorbidade, como hipertensão ou diabetes. “Na minha avaliação ela está muito bem de saúde e sendo muito bem cuidada pela família. Deus abençoe, dona Deolira”, disse.

 

Por Maria Teresa Leal

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