Ah, que delícia o verão! Época de se refrescar, consumir refeições leves, frescas e até geladas! Com essa última opção, você pensou em sorvetes? Pois é sobre eles que vamos falar nessa edição. Mas nada de sorvete ultraprocessado!
Ao pegar aquela colherada de sorvete, você pensa em como surgiu a sobremesa?
Bom, essa história começa 4 mil anos atrás, na China.
Tudo teve início quando congelaram uma pasta de leite e arroz na neve. Mas a grande expansão do sorvete aconteceu por volta do ano de 1271, quando o viajante Marco Polo levou os conhecimentos e técnicas da sobremesa gelada para a Itália e logo chegou na França e em outros países, como Estados Unidos e Inglaterra.
Por aqui, os registros históricos indicam que, em 1834, um navio americano aportou no Rio de Janeiro trazendo toneladas de gelo para a produção de sorvete. Os blocos foram armazenados em porões subterrâneos cobertos com serragem.
Os sorvetes eram feitos com as frutas disponíveis na época: caju, coco, carambola, pitanga, jabuticaba e manga.
Com o passar do tempo, essa receita foi deixando de ser artesanal e, em 1941, tomou proporções industriais. E desde então, diversos ingredientes foram incorporados na sua receita, como: gordura vegetal, gordura hidrogenada, diferentes tipos de açúcares (açúcar, maltodextrina, xarope de glicose e outros), estabilizantes, emulsificantes, aromatizantes e corantes.
Ter a informação sobre o que compõe cada produto é importante para reforçar que o problema não está em consumir essa sobremesa em si, mas sim na composição dos sorvetes.
Afinal, como é de conhecimento da maioria, esses ingredientes estão relacionados com o aumento da obesidade e doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) como diabetes, doenças do coração, entre outras.
Se você optar por consumir o sorvete em algum estabelecimento e ele não estiver com a informação sobre a composição, saiba que é seu direito, enquanto pessoa consumidora, solicitar e ter acesso a lista de ingredientes.
O ideal é que os locais forneçam a composição dos exemplares, mesmo para aqueles que serão porcionados pelos próprios clientes e consumidos na hora.
E claro, tomar um sorvete é um evento. O ato de sair de casa, de marcar o encontro com pessoas queridas é importante, sentir a textura e a refrescância proporcionada, mas que tal aliar esse momento com boas escolhas?
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Curta o verão, tome sorvete e lembre-se que o problema não está nesta sobremesa, mas sim na indústria de ultraprocessados colocar um monte de açúcar, gordura e aditivo alimentar no sorvete que você vai comer.
Por escolhas mais conscientes, geladinhas e saudáveis.