Sílvio Júnior, aos 80 anos, encanta pela potência da voz e a disposição em contribuir para a cultura musical em Rondônia

A eliminatória Zona Sul do Festival Rondônia de Música, realizada na noite do sábado, 12 de abril, no Campo do Três e Meio, permitiu que três dezenas de participantes, entre intérpretes e compositores, mostrassem seu talento ao público presente e aos que acompanhava a transmissão ao vivo pela página do Rondofest no Facebook. Uma participação teve um tom especial: a do cantor Sílvio Júnior, um paraense de nascimento que há muitas décadas se tornou um rondoniense de coração.

Na breve entrevista feita pelo jornalista Edson Lustosa, que apresenta o evento juntamente com Marcos Magalhães, Sílvio citou, dentre outros pontos de sua trajetória, a convivência que teve com Jorge Andrade, músico que dá nome ao Centro Municipal de Arte e Cultura que se tornou referência no ensino público de música.

Já desde os ensaios com a banda disponibilizada pela organização do festival para acompanhar os inscritos, Sílvio cativara a todos com sua simpatia e alegria de viver. No palco não foi diferente. Cantando “Como vai você?”, de Antônio Marcos, Sílvio mostrou seu profissionalismo, aliando à técnica vocal uma enorme potência de voz, o que lhe valeu ficar entre os quatro participantes mais bem pontuados da noite.

Em agradecimento por sua contribuição para abrilhantar o Rondofest, o presidente do Centro de Estudos e Pesquisas de Direito e Justiça (CEP-DJ), Edson Lustosa, decidiu atribuir a Sílvio Júnior uma premiação especial. O cantor de 80 ganhará da instituição não apenas a gravação profissional fonograma, que é um dos prêmios atribuídos aos finalistas, mas também a gravação de minidocumentário sobre sua trajetória e sua memória viva.

O Rondofest constitui a fase seletiva do Projeto Registro Cultural, desenvolvido pelo Centro de Estudos e Pesquisas de Direito e Justiça para apoiar os músicos rondonienses no registro, proteção, defesa e gestão de seus recursos autorais e fonográficos. O projeto conta com fomento da Fundação Cultural do Estado de Rondônia (Funcer) e foi viabilizado com recursos oriundos de emenda parlamentar de autoria do deputado estadual Alan Queiroz.