Trem da EFMM vai voltar a andar? Veja o que se sabe

Publicada em 

13 de maio de 2025

às

16h06
Locomotiva 18 passará por ajustes para funcionar com segurança, ainda sem levar passageiros. Retorno é visto como uma forma de valorizar o patrimônio histórico da capital

A tradicional locomotiva 18, da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (EFMM), em Porto Velho (RO), está prestes a ganhar vida novamente. Segundo a Prefeitura da capital, o plano é que ela volte a circular dentro do pátio da ferrovia ainda neste ano.A reativação da máquina faz parte de um projeto da Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF), que iniciou uma nova fase de vistoria técnica no local. O engenheiro mecânico Marlon Ilg, que também é presidente da ABPF, explicou ao g1 que a locomotiva passará por ajustes para funcionar com segurança, ainda sem levar passageiros.

“A locomotiva vai ser restaurada apenas para ela poder andar no pátio sem passageiro, não é um teste mas é uma demonstração. Ela precisa passar por uma adequação de sistema de freio e outras coisas para que ela se torne segura para operar com passageiros”, explicou.

De acordo com Marlon Ilg, a locomotiva 18 está em “estado razoável”, mas precisa de reparos importantes, especialmente na caldeira, que é a parte que gera o vapor responsável pelo funcionamento da máquina, parecida com uma panela de pressão gigante.

“A gente vai restaurar a caldeira e vai fazer ela poder andar para frente e para trás apenas a locomotiva sem vagões. A parte mecânica será de forma parcial apenas para poder já demonstrar o funcionamento dela com segurança, mas não terá segurança ainda operacional para puxar vagões”, disse.

A circulação completa vai demorar?

Segundo Marlon, enquanto a locomotiva 18 será restaurada para operar de forma limitada, a locomotiva 50 será enviada para uma oficina especializada em Santa Catarina. O objetivo é que ela seja totalmente recuperada e volte a puxar vagões com passageiros pelos trilhos históricos da ferrovia.

Esse plano, no entanto, depende de várias autorizações, como licença ambiental e liberação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), já que o trecho até Santo Antônio também precisará ser restaurado.

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